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“A consciência do desejo e o desejo da consciência são o mesmo projeto que, sob a forma negativa, quer a abolição das classes.” (S. E, § 53, p. 35)

 

Notas de repúdio, assinaturas digitais, milhares de corpos atrás de notebooks e smartphones sem vida aparente, separados por fios e fibras, paredes de prédios e de casas.

 

A realidade é um mundo à parte e tornou-se objeto da mera contemplação. De maneira paradoxal, somos tanto mais imóveis, quanto mais a especialização das imagens se movimentam ao nosso redor no mundo digital. O espetáculo nos toma a vida para demonstrar o movimento autônomo do não vivo. E quanto mais nele estamos, mais imobilizados ficamos.

 

Mais de cinquenta anos depois do lançamento de “A sociedade do espetáculo”, a atualidade da obra parece ter se desdobrado com a sofisticação dos meios de fornecimento da imagem. 

 

Selfies, storys, números de seguidores e likes nos tornam escravos do ego. Somos governados pela imagem e pela nossa própria representação nas redes sociais. Pacificados por nossos próprios perfis e avatares.

 

Guy Debord dizia que o espetáculo é dinheiro, ou seja, sua outra face. Vivemos em uma época em que “visualizações dão dinheiro”, esse fato ficou posto em toda sua dilacerante verdade. 

 

Há formas de desestruturar o espetáculo ou o próprio espetáculo tornou-se o real? 

 

Em “Debord: antimanual de leitura”, Douglas Rodrigues Barros apresenta como, para o militante francês, o espetáculo tornou-se a própria forma e meio adequado de manutenção da ordem. 

 

Numa época como a nossa, quando a presença como identidade última se torna representação digital, fílmica, como diferença irredutível, toda nossa ação parece sem princípio, é preciso encontrar meios de transformar nossa passividade frente aos dispositivos que cancelam nossa imaginação política.

 

A presente obra, editada pela sobinfluencia, tem como finalidade fornecer um arsenal crítico que seja capaz de levar ao questionamento e à resistência da naturalização do espetáculo como um dispositivo de controle e imobilização. 

 

"Debord: antimanual de leitura" está em pré-venda e sua previsão de envio é para a última quinzena de novembro.

LIVRO - "Guy Debord: Antimanual de leitura", Douglas Barros

SKU: 9786584744134
R$ 55,00Preço
  • Douglas Rodrigues Barros (Nova Olinda/CE, 1988) é psicanalista, doutor em ética e filosofia política pela Unifesp, ensaista, escritor e coordenador-chefe do Centro de Formação. Autor de livros como "Lugar de negro, lugar de branco? Esboço para uma crítica à metafísica racial" (Hedra, 2019) e "Hegel e o sentido do político" (LavraPalavra, 2021).

  • Título: Debord: Antimanual de leitura
    Coordenação Editorial: Fabiana Gibim, Alex Peguinelli e Rodrigo Correa
    Capa&Diagramação: Rodrigo Correa
    Preparo:  Alex Peguinelli
    Revisão: Fabiana Gibim

    Ano: Novembro de 2022
    Páginas: 136
    Tipo: Brochura
    Formato: 11x19cm
    Peso: 90g

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