Paul Van Ostaijen (22 de fevereiro de 1896, Antuérpia — 18 de março de 1928, Miavoye Anthée), foi um dos mais significativos representantes do modernismo flamengo. Tendo exercido diferentes funções em sua cidade natal, um exílio em Berlim após a Primeira Guerra, causado por seu ativismo flamengo, o levou a desenvolver aquilo que ele chamou de expressionismo “orgânico” ou “clássico”. Sua tipografia rítmica, repleta de absurdo, humor e niilismo talvez se faça presente de modo mais marcante em Bezette Stad (Cidade Sitiada), de 1921, em que o autor aborda a vida em sua cidade natal sob ocupação alemã. Um poeta ativo, Van Ostaijen foi amigo de muitos escritores e artistas de sua geração. Entretanto, morreu isolado, em 1928, vítima de tuberculose, nas Ardenas da Valônia, e teve seus últimos poemas publicados postumamente.
Eenzame stad
HOE-HOE
Gierende gek
wind
slechts
stil
straat
stad
Nacht
Cidade Solitária
VEEM-VEEM
Louco lufando
vento
vago
viceja
via
vila
Noite
* Zullen zijn gevallen alle katedralen Hão de cair as catedrais kannibalen canibais Hannibalen generalen Haníbais generais idealen ideais kolonels coroneis bordels bordeis misschien talvez zal er plaats zijn haver-se-á lugar voor en van – zelf - sprekende schoonheid para e de – propria – beleza se dizer zuiver pura ongeweten não-sabida. wordt het niet vernietigd se tal não devir nula éen en eeuwig uma e eterna zal reiner staan tanto mais pura aarde zuiver maken ongedierte onkruid terra purifica vérmina daninha misschien zeggen wij eens j’ai soupé talvez digamos j’ai soupé d’en avoir soupé d’en avoir soupé. * De OBUS over de STAD steeds elegant Mijnheer Obus Zeer snel auto Groet iedereen Stapt af bedaard In zijn hotel O OBUS sobre a CIDADE sempre elegante Senhor Obus Auto profuso Saúda a todos Descende sereno em seu hotel. * c’est la pluie qui tombe à fines gouttes c’est la pluie c’est la pluie é a chuva que tomba a finas gotas é a chuva é a chuva
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